Terça-feira, 9 de Julho de 2013

A invasão dos mosquitos segundo a planificação para o sucesso do bem

Os mosquitos juntaram-se todos para fazer uma excursão na tentativa de encontrarem o caminho aéreo para a Índia, mas engaram-se na rota e encontraram só a minha cozinha.

A minha cozinha é melhor que o país das especiarias, porque aqui podemos comer carne de vaca e não temos a mira de uma sniper apontada à testa. Mas tinham que vir todos? Vinham só quatro, ficavam a jogar às cartas meia horinha e depois iam chatear para outro hemisfério.

 

Tenho uma lâmpada fluorescente revestida a mosquitos. Parecem espermatozóides aos milhares a tentar entrar num óvulo luminoso. Faz sentido, porque aqui todos os mosquitos vão dar à luz.

 

Como é que eu os tiro dali? Fácil! Apresento-lhes um sítio com ainda mais luz, como por exemplo, o Natal. Natal estes são os mosquitos. Mosquitos este é o Natal. A parte chata é que falta muito para o Natal.

 

Plano B! A Igreja Universal do Reino de Deus quando o pastor Leandro diz “Irmão, você vai encontrar a luz”. (Resposta: “Sim pastor, exactamente depois de encontrar o interruptor”). Mas os mosquitos nem baptizados são, quando mais acordar cedo para ouvir homilias.

 

Plano C! O guarda-roupa de um homossexual, secção dos casacos. É vê-los cheios de brilhantes e luzinhas. Acho que os mosquitos não vão cair nesta. Eles voam por cima de fezes, mas ainda têm bom gosto.

 

O desespero e a comichão apoderam-se do meu corpo. Vamos ser sinceros, já vi mulheres nos saldos e eram menos por metros quadrado. Se levaram os dinossauros que só estavam a ser grandes, sem chatear ninguém, porque é que não levam estes cabrõezinhos que nos chupam todos e usam o nosso corpo como aeroporto?

 

Plano D! Telefonar para o Irão e pedir emprestados dois mísseis “fode tudo” para aniquilar aqueles seres voadores e chatos. Mais chatos que voadores. Primeiro, atende-me um homem que a falar parece que está engasgado com um caroço de pêssego. Depois, diz-me que aquilo é só para matar pessoas. Não compreendi porque as pessoas não andam a voar à volta da nossa cabeça e a fazer um zumbido que valha-me Deus.

 

Plano E! Pus a tocar Ágata. Como é que eles resistiram a um “Maldito amor que me enlouquece às vezes parece que fazes bruxedo.” São de uma resistência que não é brinquedo. Eu mal ouço esta música estrebucho no chão parece que me estão a arrancar as unhas com um alicate. Aqueles bichos nem se mexeram.

 

Plano F! Ignorá-los. Impossível. Voavam sobre nós a zumbir como que a dizer “Olé! Olé ser humana. Anda! Anda! Andar ser humana, anda buscar.”

 

Plano G! Insecticida. Pergunta pertinente: Porque é que este não foi o Plano A? O poder do spray fê-los cair pareciam pessoas desesperadas das janelas do World Trade Center, só que neste caso, eles eram os maus. Lindo de se ver (e eu não sou psicopata, apenas sei dar valor à morte de um inimigo), aqueles pequeninos em queda-livre, a espernear com as patinhas até baterem no chão e serem aniquilados por um pé. O doce sabor da vitória.

 

Johnny Almeida

Publicado por Universo de Paralelos às 16:13
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