O texto de hoje é muito curto, porque eu descobri que o Youtube tem muitos vídeos engraçados, o que me deixou com pouco tempo. E se vocês quiserem ler coisas interessantes, comprem um livro ou leiam o rótulo de uma caixa de gelatina do Pingo Doce, onde diz “Consumir de preferência antes do fim”. E não refilem, se não penduro-vos pelos tintins num candeeiro de rua. Quem não tiver tintins pede emprestado, que eu quero fazer mal a toda a gente.
Se estou mal disposto? Estou, sim. Mas não estava até vocês chegarem. Quer dizer, estou de pijama a ver o programa do Jorge Gabriel e a comer leite condensado às colheradas e diz-me a minha secretária “Olha, estão ali uns senhores que querem falar contigo.” Tudo muito bem. Visto um fato de seda com corte italiano, vou à porta e são só vocês a perguntarem se eu quero comprar cinco rifas para o sorteio de uma girafa embalsamada. Vesti-me à pressa por vossa causa? Sujei uma camisa de linho e vou ter de a pôr ao lixo, porque a minha roupa fica suja só de estar a menos de 30 metros de vocês.
Não sei se já deram por isso, mas vocês têm uma peçonha extremamente transmissível. Vocês têm a vida social de um alfarrabista. Vocês têm feridas repugnantes e asquerosas, que largam sangue e pus, no meio dos dedos dos pés. Vocês vão ao médico com a desculpa das hemorróidas só para ele vos pôr o indicador no rabo. Acham isso bonito? Ainda querem ter amigos? Já pararam um bocadinho para avaliarem o tipo de gente que vocês são? Vocês são tão gordos que quando vão à rua e param a conversar, vem um técnico da EMEL bloquear-vos uma perna por estarem mal estacionados. Como se não bastasse, vocês conduzem como que se tivessem BSE. Portem-se bem, se não limpo-vos os ouvidos com um berbequim ligado no máximo.
Vocês são o incentivo que leva as pessoas à prática do aborto. Com essa cara nunca irão casar, porque nem um boi cego quer ir ao altar convosco. E o que me chateia é que a vossa raça vai ter descendência. Vocês vão ser pais e mães solteiros de um incendiário que vos rouba o pouco dinheiro para ajudar no armamento do grupo terrorista a que pertence. Digo-vos uma coisa só para rebentar a boca à vossa auto-estima: Preferia ir lanchar com um castor paraplégico no cio a olhar-vos nos olhos. Pior que isso: Preferia comer uma tonelada de vidro a saber que vocês existem. Eu sei que ninguém é perfeito, mas vocês só têm defeitos. Se conseguirem, acompanhem-me a juntar as letras. Primeiro um F, depois um A, um L, um H, um A, um D, um O e acaba com um S. É exactamente o que vocês são. Umas bestas!
Desistam de ser advogados ou médicos. O máximo que vão conseguir é estar vestidos de cenoura, à porta de um restaurante, a cantar “Passarinhos a bailar, mal acabam de nascer, com o rabinho a dar, a dar. Piu! Piu! Piu! Piu!”
Da próxima vez que me vierem bater à porta, fecho-vos na garagem e uso-vos em experiências científicas. Hão-de sair de lá de cadeira-de-rodas, a escorrer baba e a pensar que são um limoeiro. Já que estão aqui à porta, fiz café. Querem? Não? Tenho uns filmes novos. Querem ver se gostam de algum? Não? Tenho uns cheques para gastar até ao final do mês. Querem dinheiro para ir jantar à Baixa? Não? Vocês estão pálidos e nervosos. Foi alguma coisa que eu disse? Desculpem lá, mas vocês andam muito sensivelzinhos.
Johnny Almeida